segunda-feira, setembro 30, 2002

Ai ai... bom dia.... nossa meu... muita coisa pra postar...mas tô com o corpo cansado pra KCT... e logo você vai entender...
Final-de-Semana legal (mais um!!!) esse meu...
Bom, vamos lá.

Sexta-Feira confirmei minha inscrição em Viçosa e, na boa, é mais mesmo na última hipótese, porque lá tenho que prestar Direito, uma vez que Jornalismo lá é diurno, e pra mim não tem como fazer algum curso durante o dia. Sendo assim, vamos fazer algo Direito. Fui com a Anaísa pra Ibiporã, uma vez que ela não estava passando muito bem, então... sem aula. Voltei pra casa no horário normal, apaguei no sono ouvindo um Cd que meu professor de literatura me emprestou do CORDEL DO FOGO ENCANTADO, meu... demais cara.... muito bom. Tem uma música que na verdade não é uma música, é uma poesia de nome "Ai se sesse", de um poeta nordestino do começo do século chamado Zé da Luz:

Ai Se Sesse

(Zé da Luz)

Se um dia nós se gosta-se
Se um dia nós se quere-se
Se nós dois se emparea-se
Se jutim nós dois vive-se
Se jutim nós dois mora-se
Se jutim nós dois drumi-se
Se jutim nós dois morre-se
Se pro céu nós assubi-se
Mas porém se acontece-se de São Pedro não abri-se
A porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice
E se eu me arrimina-se
E tu com eu insinti-se
Prá que eu me arresouve-se
E a minha faca puxa-se
E o bucho do céu fura-se
Távez que nós dois fica-se
Távez que nós dois cai-se
E o céu furado arria-se
E as virgem todas fugir-se


Legal né? Tem que ouvir o cara declamando na gravação ao vivo do CD. Demais cara, demais. Pode notar que o português tá meio esquisito né? Mas não é erro de digitação e muito menos de alfabetização. É proposital. Ele escreveu assim porque, segundo o pessoal do CORDEL..., disseram pra ele que pra falar de amor é preciso escrever no português correto. Nada a ver né?
Já disse Tom Zé, em uma entrevista à Caros Amigos em outubro de 1999:

O GÊNIO DE IRARÁ

Um povo que lê, um povo alfabetizado, que sabe escrever, não tem medo de perder sua cultura. Escreve livros, bota nas bibliotecas e vai ver novelas. Não se preocupa com nada, está tudo ali escrito. O sertanejo é diferente, e é esse tipo de analfabeto que eu sou e que Os Sertões me mostrou que era o que eu devia continuar a ser. O sertanejo tem que falar cultura, dançar cultura, cantar cultura, num constante esforço para não perder a cultura dos seus avós, que ele ama mas não tem como registrar. Essa cultura é muito diferente da nossa, é um processo de estruturação e lógica que não conhece Descartes e Aristóteles e que não está fundado na palavra escrita. É esse tipo de analfabeto que eu continuo sendo. A brincadeira é essa. Está mal explicada, porque não sou capaz de dar entrevistas. Quem dá entrevistas é uma pessoa que tem pensamento original, cultura. De forma que, se vocês forem fazer comigo uma entrevista, eu já estou fracassado. Mas, como eu sou sertanejo, e filho de família metade comunista, metade reacionária, né? Talvez eu possa fazer armadilhas para que vocês me façam perguntas e eu saiba responder, ou melhor, que tenha pensado sobre. Eu não posso responder sobre qualquer coisa, isso não! (Caros Amigos, n.º 31, p.28 out./99)

É pessoal, já disse, Léozinho também é cultura!

Nossa Senhora.. depois de toda essa volta, vamos voltar ao meu FDS.Bem, sábado fui no casamento da Professora/Patroa da Anaisa, a Sandra. Ela casou com um português que parece ser muito gente fina, o João Paulo. Tava muuito legal meu... depois de quatro anos sem ir à Igreja e oito sem ir a um casamento. Lá estava eu com ela assistindo a cerimônia numa igreja muito legal que tem numa cidadezinha aqui perto chamada Rolândia. Mas, assim... não me vejo casando em igreja nos moldes tradicionais não, sabia? Ah... sei lá... toda aquela formalidade... você tem que fazer isso, você tem que fazer aquilo... sei lá... me vejo mais casando numa ilha ou numa chácara ao som de Led Zeppelin... (Claudinha, li no seu blog que uma amiga sua casou ao som de Led, Sabbath... hehehe... quero ter uma idéia do Playlist...), sem Padre, com algum amigo, mas amigo irmão mesmo (Tipo John ou Muzilli) cobrando aqueles juramentos e talz... acho que seria mais legal e seria mais a minha cara também. Mas, isso ainda tá looonge de acontecer (espero eu né?). Pois bem... depois da igreja...COMIDA!!!!! hehehe.... a festa foi num restaurante muito bacana de Rolândia, com uma mesinha de café com bolachas, café e..hummmm... amêndoas! Muito gostoso meu... comemos umas 30 daquelas.
Sem contar uns amigos da Anaisa que estavam presentes também... hahahaha... os caras são legais pra caramba! Os dois de nome Luiz, nós quatro na mesa, tomando batida, comendo torrada (eu e o Luiz de Londrina comemos uma cestinha inteira!) e tirando sarro do resto do pessoal (Os massificados).. hahaha... rimos muito meu... E ainda por cima o Luiz de Curitiba me deu um toque legal... prestar jornalismo na Federal de Campo Grande. Disse que lá é um dos melhores lugares no país e... pôxa...tenho uma tia que mora por lá....isso facilita as coisas. Tô muito afim de passar lá.
Pois bem... domingo veio... fui na casa dela fazer bombons pra vendermos... e de tarde, fomos num show de Hard Core, no Todas as Tribos (nome bem sugestivo prum barzinho viu). Ok, chegamos lá... meu.. eu gosto de HC, mas minha praia mesmo é Heavy Metal. Chego lá e vejo aquele povo esquisito com aqueles moicanos.. cabelos raspados... meninas vestidas de colegiais... festa estranha com gente esquisita. Porém as tatuagens eram demais! Tinha uma menina lá com uma foto dela crinaça tatuada nas costas... taí... algo que ninguém se arrependeria de fazer... é uma ótima idéia. Mas... beleza. Enquanto a esperava, veio um carinha conversar comigo sobre a banda da Califórnia (Samian) que iria tocar e tive que ser bem sincero pra ele: "Velho... na verdade nem sei direito quem vai tocar... tô vindo mesmo por causa da minha garota e da irmã dela que curtem mais do que eu" hehe... ele ficou meio assim e aos poucos saiu de perto. Entramos e aí começou a tocar uma banda lá que nem tinha o nome divulgado nos cartazes. Meu... um punk bem pesado! Mas... sei lá... a partir do momento em que você se envolve com música, faz música e tal... você acaba criando um senso muito crítico e sei lá... a cozinha da banda é boa, o baterista toca pra caralho, muito rápido e tem uma técnica legal, o baixista não deve nada pra niguém; mas o vocal e a guitarra ficaram devendo... Meu... me assutei muito com aquela galera que fica no meio manja... se batendo... caralho velho... no Metal os caras pulam... se trombam também, mas ali tava pancadaria mesmo...de virar o braço pra tudo que é lado e acertar quem pôr a napa na frente. Sei lá... é um tipo de expressão, pra mim, inútil. Curto Hard Core, Punk. Mas curto mais ouvir do que entrar em jaulas pra esse tipo de coisa. Depois tocou Overwhelm, aí melhorou a coisa. O som, a banda e o público ficou mais sossegado. Depois veio a banda que pra mim roubou a noite dos gringos: Garage Fuzz. Cara! Que tesão de som! Que banda bem montada velho, técnica apurada, banda em sintonia! Adorei tanto que até comprei um cd deles. Demais. O Vocal, a batera, as guitarras e o baixo, tudo completo pro estilo hard core mesmo. Pulamos bastante. Aí depois veio a banda gringa, com um sonzinho legal, o pessoal curtindo muito, o baixista pulando na galera, um guri fazendo um strip no palco e os seguranças socando o carinha no backstage (hehehe... BEM FEITO! Quem mandou mostar aquela bunda nojenta na frente de todo mundo!).
Depois fomos embora, andamos uns 10km a pé... eu morto porque tava só com o almoço no estômago, as pernas doendo e esses grilos que estão me incomodando na orelha até agora!
Dica Musical: Garage Fuzz: Dear cinnamom tea.
That´s All Folks!

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